sexta-feira, 12 de julho de 2013

Constatações do presente momento

Mesmo quando eu sou só um fragmento, um abandono, o que era pra ser vazio fica meio cheio. O vazio está sempre meio cheio e não da pra imaginar isso de forma lógica. Tenho pensado nos dias afetuosos e nos dias difíceis. Nos erros que me lembram os remendos. Ou o contrário.

De repente, ou não tão de repente, passa-se muito tempo pensando... 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Dos silêncios que são os vazios das ausências

Reclamar de algumas dores faz parte do meu processo. Talvez do meu novo processo. Reclamar de algumas dores (até a menor delas) e de não calar qualquer coisa que me desassossegue. Reclamar, que seja, só pra extirpar o mal resolvido de dentro, pra não mais somatizar desconforto e esse tipo de coisa que a gente nunca quer carregar... 
Hoje é aniversário do meu pai. E custa tanto lembrar disso que eu ainda acho que aos poucos, um dia, abandono a busca da lembrança. 
Por enquanto continuo dando abrigo a minha memória.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A vida poderá ser uma caixinha de qualquer coisa

Hoje, voltando pra casa, eu vinha revisando o clichê. Somos nossas escolhas e nossas permissões. Somos nossas reações, nossos riscos. Somos certos ou não. Decididos ou não. Preocupados ou não. Somos tudo aquilo que queremos ser. Que queremos no centro do coração, nos arredores, proximidades... ou então também não. Somos tão qualquer coisa. E hoje eu soube, entre todos os clichês, que tudo pode ser tão difícil quando não se deseja o fácil.



domingo, 10 de março de 2013

De algum lugar, de qualquer forma.


Consigo enlouquecer de saudade e de culpa, porque sentimentos se misturam. E se confundem. São variações. 
Consigo ter deslizes repetitivos e com resultados também repetitivos porque ninguém consegue concerto sozinho. 
Consigo me contradizer ao sentir o cansaço reforçando ou comprovando o meu sentir.
Consigo abrir muitos parênteses e o que era só acessório me faz perder a questão principal. 
Para onde quer que eu olhe, nesses dias entediantes, eu consigo, até, não me dar bem com as palavras. Nessas horas é uma insanidade se convencer de que a única maneira pra desencadear uma frase completa é escrever...
Eu consigo muitas coisas. Eu sei que eu consigo muitas coisas dentro dessa desorganização absoluta. Coisas que eu sei, também, que podem não extrair o melhor de mim. Coisas que não são sequer o melhor de mim.
Mas quando de longe certas histórias ameaçam mudar, quando eu tento não errar por/no desespero,  quando eu não suporto ver nada do que eu mais quero se desestabilizar ou quando eu vejo tentando não me doer inteira, uma parte sólida de mim, que é fragilidade, sabe que desajustadamente precisa recomeçar. 
De alguma forma, de qualquer lugar. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sobre os turbilhões "que destoam o ritmo, o equilíbrio, desequilibram, afundam navios... ".

Popa furada, velas rasgadas, casco gasto e derivando léguas. Recolhemos a embarcação, porque no fim, voltar era mesmo a direção...
Isso é claro e por isso, não consigo ser surpreendida. Diz que a gente se encontrou novamente no mesmo cais. Talvez um pouco mais pueril por conta do tempo. Mas novamente naquele mesmo cais...


Frido:  Lembra-se da última vez em que estivemos aqui? Falávamos de tantas coisas, mas sempre acabávamos no amor... ah! O amor... porque quão mais distante está, mais perto fica?!


Thaíla: Verter amor em fuga é em vão né? Eu prefiro me esvaziar. Amar no plural e até o tropeço. Que nem os redemoinhos, que precisam de muita imensidão. Estranho porque eu não gosto de estar descalça e nua. Viver delicado é mais absoluto, será?


Frido: A vida quase sempre é um turbilhão. Sabe quando duas correntes de duas marés se encontram no rápido movimento de si? Imagina esses encontros que destoam o ritmo, o equilíbrio, desequilibram, afundam navios... Assustam os marinheiros. Ficamos sem saber para onde ir, sem ter onde segurar, sem saber como seguir, se resta esperar ou ir... A vida é quase sempre esse ir e vir desenfreado que se esbarra em si mesmo, muitas vezes sem tempo de pensar, só temos que decidir. 


A bordo, inundamos.  

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Dissonâncias...


Qualquer coisa pra aliviar a pressão acumulada de tantas borboletas se agitando no meu estômago vai correr livre indevidamente. Sou ao mesmo tempo feliz e triste e eu ainda não sei como isso funciona. Corrosivo demais. 

Música pra dançar coladinho, porque eu preciso fazer o uso mais rico possível de sentimentos assim... 



quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O direito de sentir coisas pra sempre, mesmo que em um curto espaço de tempo.


O problema em querer coisas "pra sempre" são os dias que se seguem até isso de "sempre" chegar. Não chega porque "pra sempre" não é pra chegar. 
"Sempre" é uma coisa tão contínua que eu não entendo se pode ser satisfatório ou não. Pode ser pesado, disso eu sei. Mas pode ser leve. 
"Sempre" pode ser sempre alguma coisa que não vai passar, seja como for. "Sempre" foi feito, na verdade, pra durar a eternidade que precisar.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Uma retrospectiva (tardia) pra não fugir a regra:

Tantos dias caminhando sem prestar atenção e sem saber se era certa a direção. 2012 foi doído, foi bonito, foi natural se perder, foi cicatriz funda, ossos fracos e a boa sorte de alguém por esses lados. Foram muitas coisas, muitas coisas de uma só vez. Muitas coisas e quase todo dia algo novo... e pela primeira vez não houve um vilão ou culpados pela fadiga e dissabores. 
Me despedi sem saber muito bem aonde tinha chegado, sem saber muito bem que já tinha mudado o calendário. E isso doeu o peito, a pele, os olhos. Mas as coisas podem ser um gasto e eu quero ir por esse caminho. 

Que sobrem alegrias, 2013!