domingo, 12 de janeiro de 2014

Aquilo que não é domado

O que me assusta em dias como esse é sustentar o desconforto de que o coração parece ser como esses que a gente desenha, esses que não tem qualquer semelhança com a realidade, alguns com uma setinha cravada bem no meio, que são feitos independentes, como se fosse um órgão livre e separado de todo o resto.
Amar as vezes é ter no peito um coração desses assim, sozinho, meio desencorporado, sem vínculo com a razão, e que, em alguns momentos, se esvazia dessa urgência que é ter coerência.


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eu queria não sofrer de inexatidão

É clichê, é velho e é batido, mas só eu sei como não sei mais escrever. Fiquei, sobretudo quando tudo sobra, vazia de escrita. Talvez exista alguma forma de não dizer que diga tudo e um pouco muito mais. No entanto, fico reprisando: é uma perda que algumas coisas sejam sentidas sentidas sentidas e se recusem a serem ditas.