O que me assusta em dias como esse é sustentar o desconforto de que o coração parece ser como esses que a gente desenha, esses que não tem qualquer semelhança com a realidade, alguns com uma setinha cravada bem no meio, que são feitos independentes, como se fosse um órgão livre e separado de todo o resto.
Amar as vezes é ter no peito um coração desses assim, sozinho, meio desencorporado, sem vínculo com a razão, e que, em alguns momentos, se esvazia dessa urgência que é ter coerência.