sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Esse blog não está abandonado!

O meu terceiro ano na faculdade começou e é triste a semana com aula de estatística.  
Um apelo: Bolsa xerox pra universitários que até em estatistica tem que gastar todo o dinheiro da merenda e ainda ter que ler umas folhas pra decifrar os gráficos.
O Frido já ta me sacaneando porque to adiando nossos encontros no blog, mas meus problemas mentais me desequilibram.
Tô cansada de tomar chuva, eu quero é cerveja (mas eu não bebo, e eu sou tão lar dos velhinhos, porra =p)
Não acho inspiração pra escrever mais nada, o resto ainda ta por aqui, olheiras matinais e querendo ver vc passar por debaixo da cordinha.
Fiquem com dó de mim, beijos.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Nota aleatória:

Eu sou impulsiva e isso é um negócio muito complicado pra gente que nem eu, que não sabe que as as vezes é melhor desorganizar tudo e viver bagunçado, do que ficar oscilando pra tentar entender as coisas na marra. 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Diálogo entre duas mentes amantes

O grande problema em conhecer uma pessoa que faz filosofia, é que qualquer assunto ele destrava. Ou o contrário. Quer fazer acender em você 68364587923 indagações.. mas ai você se mantém firme e faz cara de que entende tudo sobre a dimensão central do dinheiro a que se refere Marx, acreditando que mesmo perto dele pode sim chegar num denominador comum, mas ele nunca (digo NUNCA) permitirá. Eu conheci o Frido no ultimo pau de arara, rapaz bonito como ele se afirma, com cara de desenho animado, com uma blusa xadrez e uma cachaça na mão direita. Ele não é tão flexível e na maioria das vezes me ignora, mas eu já gosto tanto dele que até adotei a idéia de que quando quisesse dialogar sobre o amor e seus derivados, ele me "orientaria". Ou não. A questão é que tô lançando aqui no blog um espaço direcionado a esses diálogos. Diálogos entre duas mentes amantes. Que fique claro que esse "título" foi idéia dele, haha, tentei evitar tá? Não deu =p 
Eu disse: Frido, meus pais se separaram, te contei?
Ele: Separação! Nosso primeiro tema! (hahaha, Frido insensível =p)



Frido diz: - Porque casar se hão de se separar? Será que não pensam em todas as possibilidades antes de se prometerem um ao outro pela eternidade e perante Deus? Porém, entendo que sustentar uma mentira pela eternidade também não deve ser fácil. O que há de tão complicado em um casamento? Será que há algo bom? Tantas perguntas, 23 anos e nenhuma resposta.

Thaíla diz: - Sei lá. Eu tenho preguiça de tentar entender e de escrever. É tudo cheio de etapas e eu sou mais nova ainda pra saber. No germes do meu pensamento (=p), casamento é uma puta invenção cultural onde a única verdade sólida é que o contentamento e o amor será sempre  provisório, por que nada é mais justo do que dizer que nada é pra sempre. É pouco explicável, mas as pessoas ainda se casam no pânico de se sentirem sozinhos.

Frido diz: - Eis uma verdade: “as pessoas ainda se casam no pânico de se sentirem sozinhos.” Mas, se formos tão pessimistas e reducionistas não estaríamos negando aquele sentimento bom de paixão, ou de amor-carinho, que a gente sente pelo outro, que faz a gente gostar da companhia dele, do cheiro dele, das palavras dele, da voz dele, e faz querer ficar junto dele para sempre? Isso é querer ser romanticamente-utópico demais nesses dias?

Thaíla diz: - Hoje é coração. Amanhã talvez não. O que eu quero dizer é que amor também acaba. Um casamento cheio de promessa, de confiança, de cuidado, pode ser incapaz de crescer durante o tempo. E crescer é um processo inevitável. As pessoas crescem. E o amor pode ficar parado no tempo e de tão velho ir encolhendo. O amor é uma dor, é um tédio sem remédio, que um dia sofre um ataque cardíaco (que ironia! haha) e morre. E mata. [eu cobro finte reais a consulta aqui, viu?]

Frido diz: - É. Concordo com Erich Fromm ás vezes quando (pelo que lembro) ele diz que o Amor é, sobretudo, crescer e deixar crescer, é produção e evolução, e envolve, sobretudo maturidade e processo de amadurecimento. Mas, romanticamente falando, uma música dos meus tempos de moleque diz: “É sempre amor, mesmo que mude, é sempre amor mesmo que acabe, é sempre amor mesmo que alguém esqueça o que passou”. O estranho não é aceitar que possa vir um relacionamento de longa data acabar, é aceitar ficar só... É tão bom ter em quem confiar, ter com quem dividir honras, glórias e deslizes, e nem sempre um amigo pode nos aconchegar na cama a noite, nos dizer que ama, sorrir pela manhã seminus na cama... Nos esquentar nas noites frias... Entendo porque perduram, se com este amor for, não entendo porque acabam...

Thaíla diz: - Eu sinceramente me perco nessas fantasias quando ligo a capacidade de amar a uma coisa eterna. Não sei que mania é essa de dizerem que todos os movimentos reproduzidos pelos sentimentos serão pra sempre. Quando a fase é boa e você fica apaixonado.. ô!  Mas ai o amor dessa fase pode ser uma questão de intensidade e mais tarde apresentar novas possibilidades. É algo extremamente delicado, mas quando a inspiração se desata e o amor acaba, os finais de semana podem trazer novos amores pra curar. É algo parecido com a ação de “fechar a porta”. E mesmo querendo voltar e entrar, a sensação pode te libertar.

Frido diz: - Agora penso: Talvez os casamentos acabem porque os casados esquecem dos pequenos detalhes que os fizeram querer casar. Esquecem dos pequenos detalhes do outro que os faziam felizes. Outros detalhes, logicamente, também aparecem com o tempo de relacionamento, e talvez esses detalhes sejam mais válidos e toquem mais profundamente de forma negativa. Será realmente isso?

Thaíla diz: haha, nunca casei. Mas deve MESMO ser. Quando você assume casar, o padre faz a pergunta na tentativa de avisar que você vai se lascar. De repente, o casamento é muito acomodativo e no instante que você superestima o que já sabia, você deixa de percorrer o outro, de investigar os detalhes desapercebidos e começa a vulnerabilizar o que seria surpreendente descobrir. Né assim? Então é só vim =p