sexta-feira, 25 de julho de 2014

Ainda que eu falasse...

Levantei a bandeira branca já velha e surrada. Cambaleante igual a mim. Um tiro no peito e eu ainda perseverante. Querendo parar e me encostar, querendo continuar a caminhar. A fraqueza do grande e a coragem do fraco. Coisa ficcional, eu pensei. Do que se trata o adiante quando golpeado?

Lembrei das feridas que doem mas não se sentem. Das dores que desatinam sem doer. E ainda que cortante, avante!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Aquilo que não é domado

O que me assusta em dias como esse é sustentar o desconforto de que o coração parece ser como esses que a gente desenha, esses que não tem qualquer semelhança com a realidade, alguns com uma setinha cravada bem no meio, que são feitos independentes, como se fosse um órgão livre e separado de todo o resto.
Amar as vezes é ter no peito um coração desses assim, sozinho, meio desencorporado, sem vínculo com a razão, e que, em alguns momentos, se esvazia dessa urgência que é ter coerência.


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eu queria não sofrer de inexatidão

É clichê, é velho e é batido, mas só eu sei como não sei mais escrever. Fiquei, sobretudo quando tudo sobra, vazia de escrita. Talvez exista alguma forma de não dizer que diga tudo e um pouco muito mais. No entanto, fico reprisando: é uma perda que algumas coisas sejam sentidas sentidas sentidas e se recusem a serem ditas.