Então eu escrevo. Eu sei que eu só escrevo porque eu não
sei fazer música. Se fosse assim, você seria um refrão bem bonito pra escutar
nos dias eu que eu precisasse lembrar de você, que também é bonito. Eu penso tanto
nisso. Não sei mais o que é real e o que eu inventei. Eu fico embaraçada
imaginando a música grudada na minha cabeça, enlouquecendo, rasgando e
interrompendo minhas (in)certezas. A minha insônia voltou e deve ser o prenúncio
de alguma coisa que eu só sei que faz o tempo parar. As coisas andavam meio demoradas e chega alguém querendo virar música... tudo vira atropelo. Tudo é
muito e quase é pouco. É muito ter um pouco de quase tudo ou ainda é pouco.
Parece um abismo onde tudo que importa é correr sem olhar pra trás se for
segurando na sua mão. Tudo é encontro e tudo é ponto. É cansaço em algum momento, intervalos e em
seguida, sobressaltos de paixão. Tudo é música que termina em voltas rápidas e
consecutivas pro mesmo sustenido firme de versos simples.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Acordando com vontade de dormir
Que semana chata. Nem sei mais se sei de alguma coisa. Nem sei mais se quero esperar achar sentido nas coisas. Eu sinto falta do meu pai! E eu sinto falta dos meus dias. Sinto mais ainda de mim. De uma potência que eu tive, que eu fui, que eu...
Mentalmente tem bastante história mutilada. E memória vira, também, dor física. Que essa semana passe rápido.
Bem rápido, bem rápido, pra eu poder constatar que...
Deve ser só uma semana chata...
sábado, 17 de novembro de 2012
Idéias no lugar
Nunca entendi amores mendigados. Amor não deveria ser isso, algo que pode não ser retribuído. Amor nenhum! Lados ilesos não vingam. Não é honesto. Esses dias têm sido importantes. É um tempo de percepção e de perguntas e respostas e mais perguntas ainda, que eu as faço pra mim mesma. Acho que é tempo de dar tempo pra viver esse tempo, e ir com ele... e aprender com ele! Dias que tem feito meu coração vibrar, nada demais, nada demais... Mas são detalhes que só esse tempo tem revelado! Tempo de olhos amorosos, olhos carinhosos. Olhos morando nos meus olhos. E um monte de coisas! De repente!
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Como abandonar a vontade de descobrir?
Desde que vc
chegou, eu nunca entendi muito. As coisas escorrem, mudam de posição,
deslizam e voltam, mas não me pertencem. Eu não entendo de quases.
deslizam e voltam, mas não me pertencem. Eu não entendo de quases.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Mentiras
Da sessão de amores torturantes, aqueles na versão adulta do desespero.
Aquelas doações sem limites, largadas, que arranham, que deixam marcas...
Que não te deixam escapar. Que fazem o sossego acabar.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Descobri que é tudo novo de novo
Só pra acalmar o lastro acelerado do peito eu preciso falar
do começo. Dizer do início. Onde eu me
meti? Aquelas coisas que não pretendem chegar...e chegam. A mesma historia repetidas
vezes. Essa mesma história. Sobre um
espiral na minha cabeça me deixando estática, e o relógio que compõe a agonia
da proximidade! E é verdade. E existe um
espiral mesmo. Um espiral infindável! Eu posso dizer tudo, e também não dizer
nada, posso buscar o encontro da ponta que eu perdi com a que eu não achei, dizer
tudo e também não dizer nada, mas ainda assim deixar ser dito! Essas coisas
velhas sempre se afogam, mas voltam com os mesmos sinais vitais pra se mostrar novo
e se debater em metamorfoses pra enfatizar a novidade que veio, só que de novo.
E por ser tão passado, nem sei mais se envelhece.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Resolvi escrever o que não tenho escrito
Aquela fase crítica que você se sente vazia ou aquela hora que tudo ficou rápido demais pra você acompanhar e juntar em linhas horizontais. Aquela ausência presente. Ou muitas descobertas que podem mas não devem ser divididas, ou infinitas noites acordadas, ou dias um pouco mais bonitos, ou tudo isso, ou coisa nenhuma porque, por enquanto, sou só eu tentando encontrar explicações alucinadíssimas pra uma coisa que é simplesmente preguiça. Pura preguiça e é sempre esse o lado do problema. No mais, tenho andado, andado, rumo a algum lugar. Apreciando as paisagens que, diga-se de passagem, são elas normalmente um amontoado de carro desordenado e umas árvores que eu ainda não tinha notado, porque as vezes a gente pensa que a pressa é a nossa opção mais inteligente. O coração meio empoeirado. Meu macarrão super aprimorado. Uma mão em cada ouvido pra ouvir o zumbido acústico enquanto eu assobio.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Haveria muita coisa, se não fosse isso
Algumas vezes, a gente só descobre o quanto porcelana é frágil, depois que cai no chão.
Só descobre como é arriscado se afogar sem saber nadar, quando você teima em sair do raso e atravessar a bandeirinha vermelha que sinaliza o perigo, só pra ver onde vai dar.
Só descobre que você gosta muito de uma pessoa, quando com medo e tudo, você quis arriscar.
Fico imaginando até que ponto tudo isso me perturba. De achar que as coisas são menos difíceis do que elas realmente são. Será que é esse o processo que ensina o coração? Estranhar todas as coisas do mundo e sentir gosto ruim de saliva amarga?
Na boa, as vezes eu preciso me ignorar.
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