Funciona assim.
Correr atrás de sorrisos por aí é como não ver o tempo passar. Mas passa assim mesmo.
Exclui meu orkut. Cheguei a conclusão que o orkut despertava em mim algum espírito do inferno e eu não tinha mais o controle de me proteger contra esse mal.
É tempo de parar de me golpear. Indecisões não me pegam mais, haha. Tenho andando sem paciência pra conversas detalhadas que eu não sei de nada. Não entendo nada. Eu nunca tive 450 amigos. Resolvi então me livrar. E é engraçado como tudo muda. De puro gosto, tudo fica ainda mais leve. Quase tudo.
Atalhos as vezes atrapalham. E disso eu sei. Minha mãe sempre me disse que ninguém vive de carona. E mesmo assim, eu insisti. Peguei carona com um moço e passei a depender dele todos os dias. Uns papos interessantes, uns charmes, essas coisas e eu fui ficando, sem pedir, sem esperar, mais e mais. A certeza que eu tinha, era que o próximo instante que viria, a próxima parada, o próximo dia, seria uma incerta delícia. Porque era ele de novo...porque era eu. Muito amor pra uma viajem só. Mas como se sabe, quando existe amor (ainda que mal administrado, como no caso) tudo é dispensado de análises, ou de explicações.
Com o tempo, eu fui sentindo os efeitos. Fomos parando pra descansar e admirar borboletas azuis que vinham da Indonésia só nos saudar, e ficávamos plugados, e as respostas já eram fáceis, e o motor nem mais roncava, e fomos armando redes, relativizando a posição geográfica e sempre afim em noites sem fim.
Uma vez, eu tentei sumir. As coisas andavam doloridas. Tava sentindo cãibra no coração e nos pés. Queria andar. Eu sempre fui covarde na hora que faltava as palavras. Eu devia ter dito que me assombrava cada vez mais querer e aceitar aqueles encontros imbatíveis. Mas não disse. Acho que nunca assumi o quanto minha alma era tranquila se ele tava ali. E aí eu voltei. Lembrei de tudo e voltei. E foi melhor ainda. Milhares de inúmeras lembranças vieram nos espalhafatar. Era um amor com calma. De graça. Cheio de música e eu cheia de fé.
A questão é que eu vivo confusa, o que é contraditório, Zé. Eu quero encontrar em mim outra coisa. Uma coisa que seja do mesmo jeito que eu gostaria de ser. Forte. Eu gosto de querer ser assim. Eu gosto de querer ser como se fosse esse o meu jeito.
Me desprezo por isso. Por pensar que amar dói. E dói. É subversão, já disse meu coração. Tudo que eu ousaria não fazer, eu fiz. Eu não consigo me contrapor a razão. Vivíamos tão juntos e tão sempre que mais uma vez eu senti o desorientar do meu peito. Rita Lee canta assim: "desculpe o auê, eu não queria magoar vc, foi ciúme sim". Eu disse isso ao tal moço. Eu não cantei, eu lamentei.
Partir, as vezes pode ser chegar, não é? E chegar nem sempre pode significar algo menos doloroso que partir. Ambos podem nunca acabar com o amor. Até aquele que oferecia aceitar o gosto de tuti fruti no café. =D
Eu amo você, Enderson. Mas o amor não se faz de coração crispado. Não quero meter as mãos pelos pés e semear nosso (re)encontro nas estradas. Isso arde. Nada findou. É só um espaço. Espaço em resposta ao apelo que meus detalhes fazem. Dessa vez, o vento vai soprar a favor de quem não sabe pra onde ir, sem a carona.
Um colar de lembranças pra contar. Pra te dar. Pra vc usar.
Thaila...
ResponderExcluirSó agora te entendo.
ResponderExcluirEu acho!
Meu bem, que loucura!
ResponderExcluirConfuse
Entendo agora...
ResponderExcluirTambém não dou conta de orkut:
ResponderExcluiramizades forjadas,
contatos superficiais
que em nada acrescentam.
duas , tambem exclui esse mallllll orkut... nao quero nunca mais essa teima na minha vida,,
ResponderExcluirenfim sos. . rs
bjj
Thaila
ResponderExcluirVim aqui em retribuição à tua visita e não parei mais de ler-te. Engraçado como vivenciamos coisas parecidas, sentimos coisas semelhantes e tomamos atitudes similares, risos. Será coisa de librianas? Gostei imensamente, voltarei mais vezes. Beijos mil
"A questão é que eu vivo confusa, o que é contraditório, Zé. Eu quero encontrar em mim outra coisa. Uma coisa que seja do mesmo jeito que eu gostaria de ser."
ResponderExcluirIsso é bem/mal de libriana, nunca vai passar. hehe
Que escrita sincera você tem, moça! Gostei de vim aqui retribuir a visita. Beijos.