Então eu escrevo. Eu sei que eu só escrevo porque eu não
sei fazer música. Se fosse assim, você seria um refrão bem bonito pra escutar
nos dias eu que eu precisasse lembrar de você, que também é bonito. Eu penso tanto
nisso. Não sei mais o que é real e o que eu inventei. Eu fico embaraçada
imaginando a música grudada na minha cabeça, enlouquecendo, rasgando e
interrompendo minhas (in)certezas. A minha insônia voltou e deve ser o prenúncio
de alguma coisa que eu só sei que faz o tempo parar. As coisas andavam meio demoradas e chega alguém querendo virar música... tudo vira atropelo. Tudo é
muito e quase é pouco. É muito ter um pouco de quase tudo ou ainda é pouco.
Parece um abismo onde tudo que importa é correr sem olhar pra trás se for
segurando na sua mão. Tudo é encontro e tudo é ponto. É cansaço em algum momento, intervalos e em
seguida, sobressaltos de paixão. Tudo é música que termina em voltas rápidas e
consecutivas pro mesmo sustenido firme de versos simples.
ah, que saudade daqui... essa sensação de ter vontade de transformar sentimento em música é realmente complicada. o que é real se mistura com o que a gente inventa ouvindo, é foda. "tudo é encontro e tudo é ponto" amei =)
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